“Tudo funciona de forma sistêmica. Desde a mais simples as mais complexas tarefas.”
Ele é consequência de três mudanças fundamentais ocorridas a partir da sociedade industrial:
1) O questionamento dos fundamentos mecanicistas e a emergência de uma nova percepção da realidade na ciência, a qual ocorre, devido à formulação do segundo princípio da termodinâmica, da física quântica e dos avanços na astronomia;
2) O desenvolvimento tecnológico impulsionados a partir da Segunda Guerra; e
3) A necessidade de administrar estruturas organizacionais cada vez mais complexas, principalmente a partir da metade do século passado.
A Visão Sistêmica abre espaço para uma nova forma de pensar e vivenciar a realidade. Possibilita o entendimento e o desenvolvimento de novas habilidades que abarca a vivencia de padrões complexos não lineares, proporcionando caminhos para o avanço, frente os desafios da vida moderna.
Pensando mecanicista
A Física Relativista e Subatômica não descartou a Física Newtoniana. Da mesma forma a visão sistêmica não nega o pensamento mecanicista. A física moderna proporcionou a Física Newtoniana um contexto que trata dos fenômenos que podem ser visualizados, não sendo válida nas ínfimas partículas atômicas, nem na astrofísica, de forma geral.
Seguindo esta lógica o pensamento mecanicista está restrito a um contexto em que há:
- Um grau de estruturação dos problemas,
- Certa estabilidade do ambiente,
- Grau de complexidade dinâmica baixo,
- Grau de influência das percepções de diferentes atores a partir de distintos interesses baixo.
A partir de outros parâmetros, o pensamento mecanicista começa a ter dificuldades na sua formulação e apoio na solução, quando se torna mais efetivo o uso da visão Sistêmica.
As dificuldades que norteiam o pensamento mecanicista é que o uso do método dedutivo, analítico onde o pressuposto que para conhecer basta desmontar todas as partes, em um mundo interconectado, a maioria dos problemas que enfrentamos sejam nas organizações ou nas cidades, não podem ser resolvidos desta forma, de maneira a fragmentada, gerando isto só mais problemas.
Problemas complexos exigem uma visão do todo, as suas interconexões e da força dos nosso modelos mentais que estão na raiz de tudo, onde modulam nossa forma de pensar, sentir e agir. Para isso precisamos criar uma forma alternativa de abordar o problema. Uma maneira que procure enxergar o todo, as relações, que não seja reducionista, que enxergue o contexto, reconhecendo a história, permitindo ultrapassar a crise de percepção que se origina pela forma cartesiana de pensar.
O que vem a ser a visão sistêmica
- Das partes para o todo
- Dos objetos para os relacionamentos
- Das hierarquias para as redes
- Da causalidade linear para a circularidade
- Da estrutura para o processo
- Da metáfora mecânica para a metáfora do organismo vivo e outras não mecânicas
- Do conhecimento objeto para o contextual e epistêmico
- Da verdade par a descrições aproximadas
- Da quantidade para a qualidade
- Do controle para a cooperação, influenciação e ação não violentas